LVI

Cada minuto em silêncio
Gasto com poucas verdades 
E preso num mar de inquietação 

Consumido em cada instante 
Vidrado em pequenas promessas
De uma certeza que nunca
Se manifesta real

Tenho dentro do meu peito
Ondas revoltas que quebram
Em silêncio torpe
E em gestos crus

O olho que vê, mente
O que não enxerga
Faz parte desse temporal. 

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