Quando em
meus olhos fendidos
Vier
derramar-se o teu pranto,
Onde do
silêncio em brumas
Hei de
surgir, infalível;
Quando em
infando sabor
Desmanchar-se
a tua carne selvagem;
Quando
teus lábios famintos
Calarem
submissos,
Eu hei de
lembrar esta noite,
Donde
surgem negros olhares,
E gritos
medonhos a selar os lábios,
Que
outrora foram teus.
Eu hei de
lembrar que o silêncio
Foi-me
imposto feito brasa viva,
E em
cinzas, frias palavras
Eu hei de
te transformar.