Se eu não sufoco tudo em mim
que sente
Tudo em mim que chora
Tudo em mim que cai
Se eu não silencio tudo em mim
que grita
Tudo em mim que pensa
Tudo que questiona
Eu afundo
E eu tropeço
Nos galhos de mim
que insistem em brotar
E eu sangro em pedaços de fruta
Que caem ao chão
E alimentam bichos
Por efêmeras semanas de outono
Ou apodrecem
E exalam um perfume doce
E enjoativo
Daquilo que não se deve provar