Quando me dispo da vergonha que não é minha
Mas que em mim foi cravada
Pela navalha letal (e lenta) da tradição
Quando me visto de mim, nos mais sórdidos detalhes
O que me resta?
Como é que tu me sabes?
Mulher, sereia ou punhal
Ou aquele momento úmido
De êxtase sem qualquer conceito
Então mergulho no que posso ser
Submergindo em tudo que ainda desconheço
Tateando cega com olhos que lentamente
Se acostumam a ver