XLIV

Cada corpo parece um pedaço
E cada pedaço, metade de mim.
Sujeito sem sexo,
Sem rima, sem nexo.

Um pobre ensaio
Da reflexa arte de manipular,
Câmara que se abre sem segredos,
Para a metade mais cálida
Do meu infinito.

Noites de tormentas reviradas
Num silêncio tão absoluto,
Que me confunde o pensamento.

Abertos os olhos, enxergam o nada
O fogo que consome a negra luz
Da solidão.

XLIII

Estando tão perto e tão longe
Imensa no teu desconforto
Acordo no mundo que inventamos

Teu corpo pulsa com o meu
Teu beijo me atira num mar de                   
excentricidade

Um segundo de tola certeza
E uma vida de radiante
irresponsabilidade

XCXV

A pergunta também pode ser: Quem seria, Ou quem teria sido? Se o tempo como um líquido denso Escorre por entre os meus dedos, A pergunta tam...