LXVII

Quando eu existo 
Em cada espaço
Sou mulher
E em primeiro lugar
Quero existir como sou
Sentir como sinto
Saber como sei.

Em pele e espírito
Ora sinto e ora sangro
Com as afiadas farpas
Da intolerância
Do asco que se disfarça
De piada

E resisto.

Como flor selvagem
Que não se curva
Às intempéries
Como relva bruta
Que insiste em florescer.

XCXV

A pergunta também pode ser: Quem seria, Ou quem teria sido? Se o tempo como um líquido denso Escorre por entre os meus dedos, A pergunta tam...