LXXVI - Ouroboros

É difícil se esconder de si 

E fugir do seu próprio destino

Se é que o destino existe

Se é que não são nossos passos

Que definem o nosso caminho

É duro só saber de si 

Até o ponto em que se confunde 

Até a hora em que se esvai 

Toda e qualquer sobriedade;

Quando bêbada e estremecida 

Não de algo tão vil quanto o mundo 

Mas da doce e sutil nostalgia 

Me desencontro em passados infinitos 

Que nunca sequer existiram.

É estranho saber tão pouco 

E ao mesmo tempo, entender tudo. 

Um comentário:

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