Quando a gente é passarinho
Que cantarola achando que é livre
Só porque a gaiola é grande
E o espaço dentro é confortável
As nossas asas começam a atrofiar
E a gente acha que aquele esvoaçar
De um lado ao outro das grades
É tudo que a gente alcança
Mas bem lá no fundo
Da nossa alma de bicho
Que voa
A gente sabe
Que asa é matéria de céu
Que o azul é imenso e profundo
E que o canto sem liberdade
Não é canto, é lamento.
E a gente lamenta mas sabe
Que ser livre começa de dentro
Que um dia ao abrir a boca
Em vez de canto, sai grito
Aí as grades se rompem
E as asas se levantam
Em nosso vôo mais bonito.
Vou passarinho! ♥️
ResponderExcluir