Meu corpo acima do céu
Meu cérebro insone palpita,
Um verbo quer romper o véu
Mas o gênio com tanta preguiça
Acha a lâmpada confortável
E se enrola feito serpente,
Vê a vida tão inabitável
E adora seus membros dormentes.
Seu corpo inteiro é memória,
Massa flácida e angustiante,
Navega a incerteza do sonho
E evita o mundo adiante.
Prefere o arcabouço enfadonho
Do que a imensidão ilusória.
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