XLIV

Cada corpo parece um pedaço
E cada pedaço, metade de mim.
Sujeito sem sexo,
Sem rima, sem nexo.

Um pobre ensaio
Da reflexa arte de manipular,
Câmara que se abre sem segredos,
Para a metade mais cálida
Do meu infinito.

Noites de tormentas reviradas
Num silêncio tão absoluto,
Que me confunde o pensamento.

Abertos os olhos, enxergam o nada
O fogo que consome a negra luz
Da solidão.

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