VIII

Tua cara estranha me olha,
Teu sangue me enoja,
Serpente infeliz.
Tua boca me chama
Sem palavra,
Num sussurro tão baixo,
Só sentido
Sem sentido,
Quase em transe
ESCUTO  o pulsar do teu sangue
Que me enoja, ainda,
Embora não sem dor
Eu possa já provar-te
Sem arder em fogo
A pele que te abomina.
Tua língua jaz morta,
Não mais desfere golpes
Ferinos
A quem, leviana,
Ardentemente a deseja.

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