Um
beijo de amor escarlate
Pulsando
nos meus lábios frios,
E
eu, sedenta,
Em
tuas mentiras vou me afogar.
Tua
pele branca desfaz-se ao meu toque,
Teus
olhos, da cor da tristeza
Parecem
me observar,
Entre
todas as noites, todos os sonhos,
Entre
o roçar dos teus cabelos
No
meu peito,
E
a curva pálida, pérfida
Do
teu pescoço nu.
Quanto
silêncio já não nos coube,
De
veneno sincero,
De
morte indolor?
Quantos
perfumes já me enganaram,
Quando
o corpo mentia
E
o medo aflorava?
Sonhei
outra vez,
Tua
alma caindo no abraço profano
Do
meu coração.
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